Infomoney | Por Giovanna Sutto
SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (14), o Pix Cobrança passa a estar disponível para os usuários de todo o Brasil. O novo serviço vai permitir fazer um pagamento usando Pix em uma data futura (pagamentos com datas de vencimento).
A proposta do Pix é ser um meio de pagamento mais seguro, competitivo e rápido. Entre suas várias funcionalidades, o Pix permite fazer transferências e pagamentos em até dez segundos. Essas transações podem acontecer 24 horas por dia e em todos os dias do ano, inclusive finais de semana e feriados.
Aos poucos, o BC vem liberando novas funcionalidades e serviços compatíveis com o Pix. O InfoMoney contatou o BC e especialistas para explicar como vai funcionar o Pix Cobrança.
Confira:
Como funciona?
O Pix Cobrança vai permitir fazer um pagamento usando Pix em uma data futura. O Pix Cobrança pode ser usado por lojistas, fornecedores, prestadores de serviços e usuários pessoas físicas.
Empresas ou microempreendedores, por exemplo, poderão emitir um código QR (versão avançada do código de barras) para transações que serão cobradas dos clientes em data futura, como se fosse uma versão mais moderna de um boleto. Do ponto de vista das pessoas físicas, será mais uma alternativa de pagamento de compras e contas a prazo.
Igor Senra, CEO da fintech Cora, explica que o QR Code poderá aparecer em pontos de venda, em e-commerces e na hora de cobrar serviõs, já com a data de vencimento da conta. Esse QR Code estará disponível tanto na posição horizontal quanto na vertical. Ao comprar um sapato em um e-commerce, por exemplo, a pessoa poderá escolher o Pix Cobrança entre os meios de pagamentos no lugar de um boleto.
Desde o lançamento do Pix, só era possível gerar um código QR para pagamentos imediatos. Além da possibilidade de pagar em uma data futura, a diferença para esse nova modalidade é a inclusão de mais informações fora o valor, como juros, multa e descontos. Assim, o Pix Cobrança se torna de fato uma alternativa ao boleto.
Regras para as instituições
Recentemente, houve uma alteração no Regulamento do Pix, anexa à Resolução nº 1, de 2020. A nova regra estabelece que as instituições participantes do Pix que não conseguirem proporcionar a experiência completa do Pix Cobrança (leitura do QR Code e pagamento em data futura) no período entre 14 de maio e 30 de junho terão que, no mínimo, possibilitar a leitura e o pagamento na data da leitura do QR Code. Ou seja, passa a ser obrigatório fornecer o QR Code, inclusive em pagamentos imediatos.
“Esse é um período transitório, que dá as instituições um tempo adicional para finalizar as adequações nos sistemas. A partir de 1º de julho, todos os participantes precisam ser capazes de fazer a leitura do QR Code e possibilitar o pagamento para data futura“, explicou o BC em nota.
A autoridade não especificou como vai fiscalizar ou qual será a punição para a instituição que não seguir a nova regra. Hoje, a oferta do Pix Cobrança é facultativa aos participantes.
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